Uma segunda-feira diferente de todas as outras. Um processo exaustivo que teve seus números resolvidos ontem a noite. Há quem concorde ou discorde, mas a única certeza é que houve democracia e ela deve ser aplaudida em toda sua composição e principalmente respeitada.

O brasileiro se portou mais uma vez como um povo latino: intenso, extremo, fervoroso! Muitas famílias, amizades, amores viraram dissabores. Talvez, nem neste próximo Natal isto se resolva. Talvez, nem pelos próximos quatro anos.

Hoje, ainda ressaqueados e os humores ainda exacerbados, convidem a uma reflexão. Mais que a COVID, deparamos nestes últimos anos com outra enfermidade: a intolerância, a vaidade, a solidão, o medo.

A política.

Tivemos nas mãos a chance de cravar o orgulho brasileiro. Uma terceira via com os dois extremos na geladeira por quatro anos? Isso salvaria vidas. Relações. Um político não pode ser maior que os valores constituídos por cada indivíduo ao longo da vida, muito menos usar este mesmo político como arma ou escudo com intenção de ferir ou esquivar. Criou-se relações tóxicas, restritas ou bloqueadas. Fugiu-se do conceito do brasileiro ser um povo apaziguado. Estamos bem longe disso.

O que resta agora é curtir o mal ou o bem estar de hoje. Uma ressaca Eleitoral. Viva a festa da democracia!

Tâmara Bruck – Jornalista

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