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Comunidade pede atenção para suas praças e áreas de lazer

Moradores pedem conscientização dos usuários na Praça do Nino

Quando se pensa em alguma praça do Bairro Padre Eustáquio, logo se pensa em Geraldo Torres. Para um “padreeustaquiano”, como são chamados os seus moradores, a praça até pode ser identificada por sua nomenclatura oficial, mas, parafraseando Nelson Rodrigues, quando alguém fala na Pracinha do Nino, “é batata!”.

A localização é privilegiada. Nas proximidades, é possível encontrar pontos comerciais de grande circulação, o que conferiu à praça Geraldo Torres o posto de cartão postal do bairro Padre Eustáquio.

A pracinha é o caleidoscópio dos seus frequentadores. Cenário que abriga famílias, crianças, estudantes, idosos, praticantes de esportes, bem como moradores de rua. Não há diferenças culturais por ali. Todos convivem em harmonia mas as opiniões são divergentes.

Para a moradora Beatriz Ferreira, falta espaço para a meninada brincar. “Como é uma praça muito frequentada por crianças, igual colocaram os aparelhos de ginástica, é pouco usada, então faz falta algum brinquedo como uma gangorra”, contou.

Os aparelhos de ginástica, disponíveis no espaço, foram cedidos após a intervenção de parlamentares da região.

Para Elisabete de Fátima Oliveira, moradora do Padre Eustáquio há cerca de 21 anos, a praça é um ponto de relaxamento. “Há um grupinho que todo início da noite faz um treinamento funcional. É uma preocupação com a saúde”, confessou.

Marcilio Lopes \ Mariana Rocha

A segurança, no entanto, é o assunto mais comentado entre os frequentadores da pracinha. Para os moradores Marcilio Lopes da Silva e Mariana Rocha, houve melhora na segurança na região. “Uma base móvel seria muito melhor. Anteriormente era perigoso assalto, principalmente roubo de carro, mas mudou o panorama”.

Desde o dia 31 de março (último), a praça Geraldo Torres tem um novo “padrinho”. Ela foi adotada pelo professor e paisagista Bráulio Braga, por meio do programa municipal Adote o Verde.

Através da parceria entre moradores do bairro e empresários do entorno da praça, mantêm-se a manutenção do local. São mudas doadas, a compra de equipamentos de limpeza, grama e tintas.

Para Eduardo, proprietário do Espetinho Ponto de Prosa e um dos parceiros da praça, a responsabilidade é de todos. “Muitas vezes a sujeira está aí. A lata de lixo está nas proximidades, mas se joga o lixo no chão. Tentamos fazer o melhor para a praça, mesmo assim, ainda há uma reclamação e não uma conscientização”, revelou.

A praça Geraldo Torres passou por um momento de esquecimento durante quase 2 anos, entre o fim da parceria dos empresários Cleber e Marcelo, da Pizzaria Nino, até a chegada do novo parceiro, Eduardo do Ponto de Prosa.
As famílias, crianças, idosos e estudantes deixaram de frequentar o local pois a sujeira imperou.

Através do empenho de moradores, empresários e parlamentares, a pracinha do Nino foi revitalizada e o melhor, numa data especial, o Dia da Árvore! Nesta ocasião, oficializou-se o novo padrinho e a nova parceria.

Diferentemente do “glamour” da Praça do Coreu e da familiaridade da pracinha do Nino, a praça Chuí deixou muito a desejar nos requisitos básicos de uma praça de bairro.

Falta de policiamento e descaso na Praça do Chuí

A situação da Praça do Chuí, no bairro João Pinheiro, não está nada agradável. De acordo com moradores da região, há muita coisa para ser feita em relação à segurança, aparelhos de ginastica, limpeza e conservação das plantas já existentes e retiradas de pessoas em situação de rua que colocam a população amedrontada e com receio de a frequentar.

Sergio Campos, de 32 anos, morador do bairro João Pinheiro, diz que não frequenta muito a praça por não se sentir seguro.

Edgar Costa

Outros moradores do bairro relataram que o uso indiscriminado de drogas por parte de moradores de rua causa apreensão e medo. “Poderia existir algum órgão público para melhorias ou algo cultural para que as pessoas de bem a frequentasse”.

Segundo a moradora Regiane da Silva, o problema das drogas é maior durante as quartas-feiras pois as pessoas aproveitam a venda de produtos artesanais para vender drogas. Moradora do bairro há 42 anos, ela acredita que há um descaso do Poder Público. “Se o governo entrasse com policiamento, a situação melhoraria”.

Para Marcelo, 53 anos, frequentador de um barzinho na região, “a situação da praça é boa e melhorou muito com a iluminação nova, mas poderia melhorar mais com a limpeza da praça e a melhoria da academia popular”. De acordo com Marcelo, os aparelhos estão danificados e precisam ser submetidos a uma manutenção mais frequente, com a intervenção da prefeitura.

Morador do bairro há 30 anos, Delmir Lino, de 76 anos, também elogia as melhorias após a implantação da nova iluminação na praça. O aposentado diz que frequenta a praça duas vezes por dia e que, de vez em quando, a prefeitura poda as arvores e faz a limpeza. Para ele, o problema das drogas diminuiria se a praça fosse mais movimentada.

Maria Regina Caetano

Maria Regina, de 55 anos, relata que o poder público não está fazendo seu papel. Ela gostaria que a praça fosse mais florida. Para tanto, a prefeitura deveria investir em um sistema de irrigação, aumentando os cuidados com as plantas que já existem ali.

Para a maioria dos moradores do bairro João Pinheiro, a Praça do Chuí pode melhorar, por meio de investimentos da prefeitura.

A apropriação do espaço público, através do incentivo de atividades culturais, pode ser a chave para transformar a praça em um ambiente aprazível para os frequentadores da região.

 

Descaso na Praça da Comunidade causa comoção

Localizada no bairro Dom Cabral, a Praça da Comunidade é um espaço destinado para a prática de atividades físicas, com campo de futebol, quadras para mais diversos esportes e academia ao ar livre.

As quadras poliesportivas sofrem com o tempo e a falta de manutenção, com ausência de redes nas traves e de iluminação para a atividade noturna.

Já a academia ao ar livre, projeto desenvolvido pela Prefeitura de Belo Horizonte, está com seus equipamentos danificados impossibilitando o uso pela comunidade.

Ana Rosa Ferreira

Ana Rosa Ferreira, 60 anos, frequentadora da praça, reclamou do descaso do Poder Público, principalmente em relação à academia. “Existem aparelhos que estão quebrados há muito tempo e que não possibilita que o exercício seja feito de forma correta”, afirma.

Mesmo sendo de responsabilidade da Prefeitura de Belo Horizonte, a limpeza da praça é realizada pelos funcionários do posto de saúde.

Segundo Sirlei Scamperla, 62 anos, “(…) limpar eles não limpam, varrer é muito difícil. Quem limpa mesmo são as meninas do posto de saúde. A Prefeitura vinha uma vez por semana, agora faz tempo que não os vejo”.

Os próprios moradores e usuários sugerem melhorias para a praça como troca de piso das quadras, recapeamento, pinturas, restauração de bancos e aparelhos de ginástica e, principalmente, na iluminação.

A moradora Ieda Ferreira, 35 anos, ponderou que o espaço físico da praça é mal utilizado. “Uma praça excelente como esta, enorme, que nos permite fazer caminhadas, com locais próprios para a prática de esportes, infelizmente se encontra nesse estado. Esperamos que a Prefeitura possa fazer algo e revitalize nossa praça”, disse.

O glamour da Praça do Coreu e suas mazelas

Dona de ritmo intenso e jovial, a Praça da Federação, conhecida carinhosamente como Praça do Coreu, está no centro do Bairro Coração Eucarístico. Rodeada de bares badalados e comércio privilegiado com lojas famosas de marcas conceituadas, a praça é um ponto de encontro de estudantes universitários, visitantes e moradores de todas as idades.

Considerado um espaço de descanso e lazer para a comunidade local e seus visitantes, a Praça do Coreu é única entre as quatros praças visitadas por nossa equipe que possui uma base comunitária da Polícia Militar.

Os moradores se sentem mais seguros após a chegada da base móvel da PM, mas ainda questionam a insegurança nas imediações. Para Philipe Vargas, 22 anos, estudante do 3ª período de Turismo, há muito a ser feito. “Por ser um bairro universitário, é muito visado pelos marginais, pois existe um entendimento que estudante tem dinheiro e assim nos tornamos alvos constantes”, revela.

Para Neusa Salles, 63 anos, moradora da região, a praça é muito agradável. “Todos os dias, ao cair da tarde, levo meus cachorrinhos para passear e sempre encontro outras pessoas com seus pets, fazemos novas amizades e por incrível que pareça, os animais também”.

A universitária Janaína Castro, 21 anos, passa pela praça diariamente em direção à universidade. “A região é muito boa, temos tudo que precisamos ao nosso dispor, como bancos, lanchonetes, academias e gráficas. O único ponto negativo é a saída noturna das aulas. No trajeto que faço para ir embora, sinto-me insegura pois as ruas são desertas e com pouca iluminação”, afirma.

Em virtude do vasto comércio e por abrigar uma das maiores universidade do Estado de Minas Gerais, os moradores reclamam do trânsito caótico nos horários de pico e a dificuldade de entrar em suas residências devido o grande número de carros estacionados. “Paciência. É o sentimento que tenho neste momento.Houve situação de chegar a porta de casa com meu filho pequeno e não ter como entrar na garagem pois havia um veículo impedindo minha entrada. Já acionei várias vezes a BHTRANS pelo disque denúncia, mas poucas foram as vezes que fui atendido e enviaram uma viatura para remover o carro”, conta indignado Alessandro Sousa, 39 anos.

Procurada por nossa equipe para comentar sobre as reclamações dos entrevistados, a Coordenadoria de Atendimento Regional Noroeste não se manifestou até o fechamento desta edição.

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